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Opinião

É um problema, mais uma vez detectado em pesquisa: no Brasil, é enorme a desigualdade de concentração de médicos entre as diferentes localidades[1].

Levantamento realizado pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pela Universidade do Estado de São Paulo atesta, primeiro, a grande disparidade entre Estados e Distrito Federal. Se, por um lado, no DF, há 5,53 médicos a cada 1.000 habitantes (índice superior ao da Noruega, Áustria e Espanha), PA e TO deixam muito a desejar (com índices, respectivamente, de 1,18 e 2,17).

O drama, porém, não é exatamente estadual – a questão diz respeito aos municípios. Como observa Mário Scheffer, professor de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, os profissionais estão concentrados em grandes centros, priorizando as regiões em que há maior número de “serviços privados”, em prejuízo da população atendida pelo SUS.

Pior: inaugurar uma faculdade de medicina, por si só, não é garantia de absolutamente nada. Isso porque, se não há, em determinada localidade, infraestrutura hospitalar e humana que viabilize uma boa especialização (i.e., a residência médica), de pouco a região se beneficia. Ou seja: cria-se um curso em “cidade que não tem condição de formar médico”, como diz o presidente da AMB, César Eduardo Fernandos.

É por essa e por outras razões que, em conjunto com o Estado de Goiás, não medimos esforços para inaugurar nosso curso de residência médica junto ao Hospital do Centro-Norte Goiano – HCN, em Uruaçu. Foram quase setenta inscritos para quatro vagas em cirugia geral e quatro em clínica médica – e o curso está prestes a se iniciar.

É verdade que a residência ainda dever ser ampliada – mas não é menos verdade que a configuração do HCN como hospital geral é de pouco mais de um ano.

Trazer – e incrementar – os cursos de residência médica para a região é mais do que qualificar o atendimento hospitalar de hoje: é deixar um perene legado à população que precisa do SUS.

É preciso ter compromisso para com o meio social em que se trabalha – e para aprender isso, é necessário residir.

Diretoria do IMED


[1] Folha de S. Paulo, edição de 09.02.23, matéria intitulada “Médicos passam de meio milhão no Brasil”.

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