O procedimento foi realizado com o apoio da equipe da Central Estadual de Transplantes, da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, da Fundação Banco de Olhos de Goiás e do Hospital São Francisco de Assis
Neste sábado, dia 14 de outubro, o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) realizou sua nona captação de órgãos para transplante. Todo o processo contou com o apoio da equipe de médicos e profissionais da Central Estadual de Transplantes (CET), da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), da Fundação Banco de Olhos de Goiás e do Hospital São Francisco de Assis, do Rio de Janeiro.
Além disso, o HCN contou com o suporte logístico da Força Aérea Brasileira e do Corpo de Bombeiros para o transporte da equipe médica e dos órgãos que serão doados. A unidade do governo de Goiás, gerida pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimentos (IMED), tem desempenhado um papel fundamental na promoção da doação de órgãos e no salvamento de vidas por meio de transplantes.
Foram captados fígado, rins e córneas que irão beneficiar pessoas que aguardam na fila do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). A doadora era uma mulher de 50 anos, que teve morte encefálica determinada por protocolos seguidos por lei. A captação foi realizada no próprio hospital, que possui todo aparato tecnológico para realizar esse tipo de coleta e faz parte da Central Estadual de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de Goiás (CNCDO-GO).
Referência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em captação de órgãos, o HCN se tornou um grande aliado dessa causa, instruindo e estimulando familiares e pacientes sobre a importância de ser um doador. Apesar da difícil decisão e da dor da perda, as famílias são abordadas e amparadas pela equipe multidisciplinar da comissão responsável, composta por profissionais do serviço social, fisioterapeutas, psicólogos, equipe médica e de enfermagem, entre outros departamentos importantes para a efetivação da captação.
“É importante trabalharmos, cada vez mais, na capacitação dos nossos profissionais, para o melhor acolhimento das famílias doadoras. O momento é delicado e para obtermos a autorização dos entes queridos existe um serviço humanizado de acolhimento”, ressalta João Batista da Cunha, diretor assistencial do HCN.
O Dr. Rogério Camapum, um dos médicos da equipe que auxiliou no procedimento de captação dos rins, é natural de Uruaçu e expressou sua gratidão por poder realizar esse trabalho tão importante em sua cidade natal. “Me sinto muito lisonjeado e honrado de poder estar de volta em Uruaçu, minha cidade maravilhosa, para realizar essa captação que vai beneficiar muitas vidas. Fico muito feliz em poder ajudar outras pessoas, em especial sendo aqui na minha cidade”, afirma o médico.
Doação de órgãos
No Brasil, mais de 65 mil pessoas aguardam na lista de espera por órgãos, um dos maiores números dos últimos 25 anos. A posição da pessoa na fila depende de uma combinação de tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão. Quem regula a fila é o Sistema Único de Saúde (SUS) e independe de ser um paciente da rede pública ou privada. Os órgãos doados vão para pacientes que aguardam na fila nacional única, controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.
A doação de órgãos é um ato de amor que possibilita salvar muitas pessoas. Para se tornar um doador em vida, a pessoa deve ter mais de 21 anos e concordar com a doação, desde que não comprometa sua própria saúde. A doação após morte encefálica só acontece com autorização da família. Por isso é importante comunicar para as pessoas mais próximas o desejo de se tornar um doador.
Assessoria de Comunicação do HCN