A campanha visa conscientizar as pessoas sobre a importância da saúde mental e a prevenção do suicídio.
Desde 2015, no mês de setembro, a campanha Setembro Amarelo busca orientar e conscientizar a população sobre a prevenção do suicídio. Os números divulgados em 2023 pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que houve 16.262 autoextermínios apenas em 2022. Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que, a cada 100 mortes no mundo, uma foi por suicídio.
Para falar sobre o assunto e explicar a importância da campanha mundial de conscientização, Eva Cleydes, supervisora de Psicologia do Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), concedeu uma entrevista à Rádio Uruaçu FM, na qual destacou que os cuidados com a saúde mental são fundamentais para a prevenção do suicídio.
Durante a entrevista, a psicóloga do HCN também ressaltou que o cuidado com o próximo (amigos e familiares) é de suma importância para completar o sentido da campanha, sobretudo para despertar a valorização da vida e do amor-próprio. “Precisamos educar a população para que possamos ajudar o outro e identificar esses pensamentos suicidas, o emocional rebaixado e até o comportamento de um vizinho, de um colega ou de um familiar”, instrui a psicóloga, alertando também para o fato de que quem está doente normalmente não tem forças para buscar ajuda sozinho. “É muito difícil alguém nesse estado pedir ajuda”, destaca a psicóloga.
Atenção com os sinais
Uma das etapas mais importantes para ajudar quem precisa de apoio para superar problemas psicológicos é perceber os sinais de alerta que o familiar ou amigo pode transmitir. Isso inclui prestar atenção a mudanças de comportamento, atitudes e até mesmo ao afastamento social.
“O pedido de socorro de quem está passando por situações difíceis ou problemas emocionais é diferente. Uma pessoa que costuma ser ativa, alegre e que está inserida no meio social, e, de repente, muda completamente de humor, se fecha e altera a forma de conversar, pode estar precisando de ajuda”, alerta a psicóloga do HCN, unidade administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento – IMED.
“Aceitar que não está bem e que precisa de ajuda é normal. Eu não vou estar bem todos os dias, e está tudo bem. Mas a principal e mais importante orientação é procurar um profissional que irá lhe entender e ajudar”, conclui a psicóloga Eva Cleydes.
Assista a entrevista completa no nosso canal do Youtube: http://bit.ly/3MCCQO3