Captação de rins foi realizada com apoio da equipe da Central Estadual de Transplantes e da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás
O Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) realizou nesta quinta-feira, dia 15 de junho, mais uma captação de órgãos para doação. Este já é o 6º procedimento de captação realizado pela unidade do governo de Goiás que é gerida pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimentos (IMED). Todo o processo contou com o apoio da equipe de médicos e profissionais da Central Estadual de Transplantes (CET), da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e com o suporte logístico do Serviço Aéreo do Estado de Goiás (SAEG), que ofereceu aeronave para transporte da equipe.
O doador era um homem de 32 anos, natural de Uruaçu, que teve morte encefálica determinada por protocolos seguidos por lei. Foram captados rins que irão beneficiar pessoas que aguardam na fila do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). A captação foi realizada no próprio hospital, que possui todo aparato tecnológico para realizar esse tipo de coleta e faz parte da Central Estadual de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de Goiás (CNCDO-GO).
João Batista da Cunha, diretor assistencial do HCN, reforça o quão importante é o tratamento humanizado no momento da doação de órgãos e tecidos. “É importante também trabalharmos, cada vez mais, na capacitação dos nossos profissionais, para o melhor acolhimento das famílias doadoras. O momento é delicado e para obtermos a autorização dos entes queridos existe um serviço humanizado de acolhimento”, explica.
O Gigante do Norte se tornou um grande aliado dessa causa, instruindo e estimulando familiares e pacientes sobre a importância de ser um doador. Apesar da difícil decisão e da dor da perda, as famílias são abordadas e amparadas pela equipe multidisciplinar da comissão responsável, composta por profissionais do serviço social, fisioterapeutas, psicólogos, equipe médica e de enfermagem, entre outros departamentos importantes para a efetivação da captação.
A coordenadora de enfermagem da UTI Adulto do HCN, Leide Vaniele Ribeiro Santos, elogiou a equipe técnica e assistencial da unidade de tratamento e o trabalho realizado em parceria com a SES-GO. “Foi muito especial ter vivido esse momento e contribuído com o desejo de uma família em ajudar a salvar outras vidas. Todos os profissionais envolvidos cuidaram muito bem do paciente e realizaram um trabalho importante, que merece ser destacado e parabenizado”.
Além da equipe técnica e assistencial da UTI e do Centro Cirúrgico, a equipe médica do hospital, composta pela gerente de enfermagem Raquel Ivete Franzen Espíndola, pelo anestesista Dr. Rossini Nogueira, a enfermeira Muriel Pereira dos Passos, a médica Dra. Júlia Caroline Ribeiro e o médico Dr. Leonardo Freitas, contou também com o apoio da equipe da Central Estadual de Transplantes do Estado para a realização do procedimento de captação: a enfermeira Renata de Oliveira e Silva e os médicos Dr. Flávio Carvalho e Dr. Gustavo Gomes de Mendonça.
Doação de órgãos
De acordo com dados apresentados pela Central de Transplantes do Estado, foram realizados 346 transplantes de órgãos e tecidos em Goiás, de janeiro a maio de 2023.
Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em fila nacional única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes. Quem irá recebê-los depende de diversos fatores, tais como compatibilidade, idade, doenças associadas e grau de urgência, conforme avaliação da equipe cirúrgica e sempre com o conhecimento do receptor.
A doação de órgãos é um ato de amor, que possibilita salvar muitas pessoas. Para se tornar um doador em vida, o paciente deve ter mais de 21 anos, ser saudável e concordar com a doação, que não pode prejudicar a própria saúde. A doação após morte encefálica só acontece com autorização da família. Por isso é importante anunciar para as pessoas mais próximas o desejo de ser doador.
“É uma perda muito grande, mas é também uma satisfação muito grande saber que meu filho está ajudando o próximo. Quanto mais divulgarmos isso, melhor, para podermos tocar outros corações e estimular as pessoas a realizarem esse gesto de amor e caridade, porque a doação de órgãos salva vidas”, afirma a mãe do doador, Maria Iolanda de Souza.
No Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Muitas pessoas acham que é preciso registrar a opção de doador de órgãos em qualquer documento pessoal, mas isso não é mais necessário. Basta conversar com sua família sobre seu desejo de ser doador.
Assessoria de Comunicação do HCN
Victor Weber – victor.weber@ecco.inf.br