A captação de rins e córneas contabilizou o 15º procedimento da unidade do governo de Goiás
Referência no estado e no Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) realizou no dia 28 de abril sua 15ª captação de órgãos, a primeira de 2024. A unidade do governo de Goiás, em Uruaçu, tem desempenhado um papel fundamental na promoção da doação de órgãos e no salvamento de vidas por meio de transplantes.
O processo contou com o apoio da equipe de médicos e enfermeiros da Central Estadual de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e da Fundação Banco de Olhos (Fubog), com suporte logístico do Corpo de Bombeiros e da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), que cedeu a aeronave responsável pelo apoio aos procedimentos de transporte da equipe e órgãos captados.
“A Assembleia Legislativa agregou ao trabalho ininterrupto da Central Estadual de Transplantes pela doação de órgãos e realização de transplantes em Goiás. Esse foi o primeiro voo da aeronave cedida pela instituição, e sabemos que outras captações serão realizadas com esse importante apoio logístico”, comemora a gerente de Transplantes da SES-GO, Katiúscia Christiane Freitas.
Na ocasião, foram captados rins e córneas que irão beneficiar pessoas que aguardam na fila do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). O doador era um homem de 36 anos, que teve morte encefálica determinada por protocolos seguidos por lei. Com a autorização familiar concedida, os órgãos captados darão a chance de uma nova vida a outras pessoas que aguardam na fila do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
O HCN, unidade administrada pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimento – IMED, se consolidou como referência em captação no estado e realizou um total de 9 procedimentos de captação de órgãos para doação apenas em 2023. A 15ª captação foi realizada no próprio hospital, que possui todo aparato tecnológico para realizar esse tipo de coleta e faz parte da Central Estadual de Transplantes.
Além disso, o hospital se tornou um grande aliado dessa causa, instruindo e estimulando familiares e pacientes sobre a importância de ser um doador. Apesar da difícil decisão e da dor da perda, as famílias são abordadas e amparadas pela equipe multidisciplinar da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da unidade, composta por profissionais do serviço social, psicólogos, equipe médica e de enfermagem, entre outros departamentos importantes para a efetivação da captação.
“O transplante pode ser a única esperança de vida ou uma oportunidade de recomeço para as pessoas que precisam da doação, por isso é importante sempre falarmos sobre o tema e incentivarmos a doação”, destaca o presidente da CIHDOTT e coordenador da UTI do HCN, Dieimys Lucas Cândido.
Doação de órgãos
A posição da pessoa na fila de espera para doação de órgãos depende de diversos fatores, tais como compatibilidade, idade, doenças associadas e grau de urgência, conforme avaliação da equipe cirúrgica e sempre com o conhecimento do receptor. Quem regula a fila é o Sistema Único de Saúde (SUS) e os órgãos doados vão para pacientes que aguardam na fila nacional única, controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.
A doação de órgãos é um ato de amor que possibilita salvar muitas pessoas. Para se tornar um doador em vida, a pessoa deve ter mais de 21 anos e concordar com a doação, desde que não comprometa sua própria saúde. A doação após morte encefálica só acontece com autorização da família. Por isso é importante comunicar para as pessoas mais próximas o desejo de se tornar um doador.
Assessoria de Comunicação do HCN